terça-feira, 30 de abril de 2013

Plantas toleráveis à seca



Pesquisadores brasileiros podem ter encontrado a solução para os danos causados pela estiagem na lavoura e no sertão.


Grupo de pesquisadores da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), registrou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a descoberta do gene CAHB12, encontrado no café.

O gene em questão foi descoberto durante um trabalho de sequenciamento do genoma do café. Os cientistas descobriram cerca de trinta mil genes para a planta, sendo que alguns deles apresentavam características que permitiam a tolerância ao estresse hídrico.

Ao analisar melhor os genes envolvidos com a tolerância ao estresse hídrico, os pesquisadores descobriram que o gene CAHB12 apresentava aumento de sua expressão quando a planta era submetida a uma condição de seca. Para confirmarem a relação do gene à capacidade de sobrevivência da planta ao estresse hídrico, eles isolaram esse gene do café e introduziram na Arabidopsis thaliana, uma espécie de planta que serve de modelo para estudos que envolvam o Reino Vegetal.

Os resultados observados pelo grupo foram excelentes: as Arabidopsis thaliana modificadas geneticamente tornaram-se muito mais resistentes à ausência de água, sobrevivendo aproximadamente 40 dias sem água, enquanto que a planta normal sobrevive apenas 15 dias.

Segundo Eduardo Romano, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o gene pode ser benéfico em vários sentidos, pois, além de combater os efeitos da seca, a tecnologia pode ser usada como forma de evitar o uso excessivo de água.

Os pesquisadores precisam agora repetir esses testes em culturas de plantas comerciais, como o trigo, a cana, o arroz, o algodão e a soja. Se eles observarem os mesmos resultados obtidos junto à planta teste, eles precisarão realizar, posteriormente, vários testes relacionados à biossegurança alimentar e ambiental das plantas geneticamente modificadas. Segundo Romano, se tudo der certo e os resultados confirmarem o esperado, a tecnologia pode chegar ao mercado em cerca de cinco anos.

Eles também trabalharão para o desenvolvimento de técnicas que permitam tornar essa tecnologia barata, permitindo seu uso por pequenos agricultores da região Nordeste, que vem enfrentando, nos últimos anos, níveis de chuva muito abaixo do normal.

Os pesquisadores também solicitarão a patente internacional sobre a descoberta desse gene junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).
Pesquisadores brasileiros podem ter encontrado a solução para os danos causados pela estiagem na lavoura e no sertão.



Arabidopis thaliana: espécie usada como modelo vegetal
Grupo de pesquisadores da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), registrou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a descoberta do gene CAHB12, encontrado no café.

O gene em questão foi descoberto durante um trabalho de sequenciamento do genoma do café. Os cientistas descobriram cerca de trinta mil genes para a planta, sendo que alguns deles apresentavam características que permitiam a tolerância ao estresse hídrico.

Ao analisar melhor os genes envolvidos com a tolerância ao estresse hídrico, os pesquisadores descobriram que o gene CAHB12 apresentava aumento de sua expressão quando a planta era submetida a uma condição de seca. Para confirmarem a relação do gene à capacidade de sobrevivência da planta ao estresse hídrico, eles isolaram esse gene do café e introduziram na Arabidopsis thaliana, uma espécie de planta que serve de modelo para estudos que envolvam o Reino Vegetal.

Os resultados observados pelo grupo foram excelentes: as Arabidopsis thaliana modificadas geneticamente tornaram-se muito mais resistentes à ausência de água, sobrevivendo aproximadamente 40 dias sem água, enquanto que a planta normal sobrevive apenas 15 dias.

Segundo Eduardo Romano, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o gene pode ser benéfico em vários sentidos, pois, além de combater os efeitos da seca, a tecnologia pode ser usada como forma de evitar o uso excessivo de água.


Cafezal: plantas que naturalmente apresentam o gene que aumenta a sobrevivência em condições de seca
Os pesquisadores precisam agora repetir esses testes em culturas de plantas comerciais, como o trigo, a cana, o arroz, o algodão e a soja. Se eles observarem os mesmos resultados obtidos junto à planta teste, eles precisarão realizar, posteriormente, vários testes relacionados à biossegurança alimentar e ambiental das plantas geneticamente modificadas. Segundo Romano, se tudo der certo e os resultados confirmarem o esperado, a tecnologia pode chegar ao mercado em cerca de cinco anos.

Eles também trabalharão para o desenvolvimento de técnicas que permitam tornar essa tecnologia barata, permitindo seu uso por pequenos agricultores da região Nordeste, que vem enfrentando, nos últimos anos, níveis de chuva muito abaixo do normal.

Os pesquisadores também solicitarão a patente internacional sobre a descoberta desse gene junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).

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