quinta-feira, 20 de junho de 2013

ART

Ponteio



Edu Lobo, um dos maiores compositores de canções e musicais brasileiros
Neste ano comemoramos 70 anos de vida de um dos maiores compositores da história da música popular brasileira, Edu Lobo. Natural do Rio de Janeiro, passou uma parte da sua vida em Recife/PE e iniciou seus estudos musicais junto ao acordeom, instrumento muito em voga, dado o sucesso do baião através da música de Luís Gonzaga. Depois de estudar Direito, começou a se interessar pelo violão, junto com outro grande nome da música popular, Théo de Barros.
Conheceu Vinícius de Moraes e, após compor Só me faz bem, não parou mais de escrever. Com um forte engajamento político, contribuiu de forma célebre com os ideais do Centro Popular de Cultura da UNE. Com músicas que buscavam retratar o modo de vida do povo brasileiro, levando-os à reflexão e à busca por transformações sociais, participou dos festivais com Arrastão, interpretado por Elis Regina, que se tornou um marco na história da música e dos próprios festivais.
Porém, em 1967, venceu o III Festival da Música Popular Brasileira promovido pela TV Record de São Paulo, onde despontou para o sucesso. Em um dos festivais mais disputados e marcantes da história, a música Ponteio concorreu com músicas importantes, como Alegria, Alegria, de Caetano VelosoDomingo no Parque, de Gilberto Gil e Roda Viva, de Chico Buarque de Holanda.

Composta por Edu Lobo e Capinam, ela descreve a ansiedade de um violeiro em confronto com a indagação dos que por ele passam. Com um ritmo até então só demonstrado através de seu amigo Théo de Barros na música Disparada, Edu Lobo traduz de forma magistral a tradição e os costumes de brasileiros distantes dos grandes centros urbanos, mais propriamente do eixo Rio-São Paulo, até então retratados nas principais obras compostas.
Essa e outras músicas marcam o princípio da mudança do gosto musical brasileiro, que estava centrado no samba e na bossa-nova. Mesmo com outros ritmos presentes, como o bolero, o baião e a Jovem Guarda, a música brasileira caminhava para sua afirmação de uma arte múltipla e única ao mesmo tempo. São os primeiros passos para a música popular que conhecemos hoje, única em sua multiplicidade.


GEO

Sobre protestos e transportes coletivos


Protestos em Blumenau (SC)
Protestos contra tarifas de ônibus em cidades brasileiras dividem opiniões, expõem a precariedade do transporte público e não são devidamente avaliados por grande parte da sociedade.

Na semana passada, jornais impressos, revistas e Internet estamparam em suas capas as manifestações populares que vêm ocorrendo na Turquia, desde o final do mês passado. A manifestação, que se iniciou de maneira pacífica, é contra a demolição do Parque Gezi, em Istambul, em cujo espaço o governo pretende construir um centro comercial. Os manifestantes armaram tendas e dormiram no parque; foram expulsos pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. O que era pacífico tornou-se violento. O que era local, espalhou-se pelo país inteiro; aos protestos contra a demolição do parque juntam-se, agora, clamores para que o primeiro-ministro Recep Erdogan, renuncie. Até semana que passou, centenas estavam presos, milhares ficaram feridos e pelo menos quatro pessoas morreram. Às diversas imagens de manifestantes turcos com camisetas amarradas no rosto, aos gritos e no meio do caos, acompanhavam legendas ou textos mencionando a brutalidade da polícia turca, a postura autoritária do governo e a denúncia do fundamentalismo religioso e da rapinagem de grupos econômicos atuantes por lá.
Na mesma semana passada, os mesmos meios de comunicação estamparam imagens semelhantes, só que de protestos em diversas cidades aqui do nosso Brasil. As diversas imagens de manifestantes brasileiros com camisetas amarradas no rosto eram acompanhadas de textos que davam destaque à baderna, à quebradeira, ao vandalismo – pois ônibus foram queimados, sacos de lixo usados como barricadas e “coquetéis molotov”, bancas de jornal depredadas e vitrines de lojas quebradas. Alguns programas de televisão faziam eco (ou provocavam ressonância) em parte da população, indicando que tais jovens eram baderneiros, desocupados e vândalos, e suas reivindicações, segundo eles, eram nada mais do que tolice que atravanca, piora o trânsito e dificulta a vida de pessoas que só querem chegar em casa depois de um dia de trabalho duro. 


Protestos em Aracaju (SE)
Os protestos brasileiros: a bomba-relógio que teimam em esconder

Em São Paulo, Goiânia, Rio de Janeiro, Aracaju e Porto Alegre, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o aumento das tarifas de ônibus. Com a chegada da polícia, as passeatas transformaram-se em confronto, com bombas de gás, cassetetes e balas de borracha contra paus e pedras. Há dois anos, em Teresina, tumultos ainda mais violentos conseguiram impedir o aumento nas passagens. Em Florianópolis, motoristas, cobradores e outros trabalhadores das empresas de ônibus entraram em greve por melhores salários e redução da jornada de trabalho. O mesmo tem ocorrido em cidades menores, como Blumenau, por exemplo, e o movimento dá indícios de que vai se espalhar ainda mais.

A maioria dos manifestantes, em todas as cidades, é formada por jovens, por estudantes e por pessoas que dependem fundamentalmente do transporte coletivo para circular pelas cidades. Toda essa situação escancara um problema urbano grave, que é a precariedade da infraestrutura de transportes em grande parte do país. Tal precariedade envolve tanto passagens caras em troco de um serviço ruim como a submissão do poder público diante das empresas concessionárias de ônibus e até o trânsito caótico – emperrado por veículos particulares, alternativa óbvia frente a ônibus caros, lotados e sucateados.  Os protestos, portanto, não parecem ter ocorrido em função de uma tolice. A revolta sinaliza ser muito menos por causa de R$ 0,20 ou R$ 0,30 de aumento nas passagens, e muito mais em função da mobilidade cerceada por um serviço que deveria ser, por direito, bom e suficiente.
A se levar em conta esses argumentos, podemos supor que a causa, portanto, é legítima. Dessa forma, é intrigante notar a diferença de tratamento, especialmente por parte da grande imprensa do Brasil, entre protestos num país distante – a Turquia, citada no início deste texto – e no nosso próprio território. Quebradeira, feridos, danos ao patrimônio público: podemos pensar que é efeito colateral, comum a todas as revoltas que um dia sonharam transformar certas situações (incontáveis delas conseguiram) ou podemos pensar que não é assim que se protesta, há que exigir transformações de maneiras mais pacíficas. Podemos pensar que a quebradeira é fruto de alguns desocupados que teimam em tumultuar movimentos sérios e politizados ou podemos considerar que a violência que o Estado comete contra milhões de pessoas todos os dias é muito maior.
O que é, de fato, profundamente contraproducente e um desserviço para com toda a sociedade brasileira é reduzir manifestações populares como essa e diversas outras que estão a rebentar pelo Brasil a um mero quebra-quebra efetuado por vândalos.
A bomba-relógio, alimentada por ainda mais insatisfação que a gerada pela péssima qualidade dos transportes coletivos, está mais embaixo.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Plantas toleráveis à seca



Pesquisadores brasileiros podem ter encontrado a solução para os danos causados pela estiagem na lavoura e no sertão.


Grupo de pesquisadores da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), registrou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a descoberta do gene CAHB12, encontrado no café.

O gene em questão foi descoberto durante um trabalho de sequenciamento do genoma do café. Os cientistas descobriram cerca de trinta mil genes para a planta, sendo que alguns deles apresentavam características que permitiam a tolerância ao estresse hídrico.

Ao analisar melhor os genes envolvidos com a tolerância ao estresse hídrico, os pesquisadores descobriram que o gene CAHB12 apresentava aumento de sua expressão quando a planta era submetida a uma condição de seca. Para confirmarem a relação do gene à capacidade de sobrevivência da planta ao estresse hídrico, eles isolaram esse gene do café e introduziram na Arabidopsis thaliana, uma espécie de planta que serve de modelo para estudos que envolvam o Reino Vegetal.

Os resultados observados pelo grupo foram excelentes: as Arabidopsis thaliana modificadas geneticamente tornaram-se muito mais resistentes à ausência de água, sobrevivendo aproximadamente 40 dias sem água, enquanto que a planta normal sobrevive apenas 15 dias.

Segundo Eduardo Romano, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o gene pode ser benéfico em vários sentidos, pois, além de combater os efeitos da seca, a tecnologia pode ser usada como forma de evitar o uso excessivo de água.

Os pesquisadores precisam agora repetir esses testes em culturas de plantas comerciais, como o trigo, a cana, o arroz, o algodão e a soja. Se eles observarem os mesmos resultados obtidos junto à planta teste, eles precisarão realizar, posteriormente, vários testes relacionados à biossegurança alimentar e ambiental das plantas geneticamente modificadas. Segundo Romano, se tudo der certo e os resultados confirmarem o esperado, a tecnologia pode chegar ao mercado em cerca de cinco anos.

Eles também trabalharão para o desenvolvimento de técnicas que permitam tornar essa tecnologia barata, permitindo seu uso por pequenos agricultores da região Nordeste, que vem enfrentando, nos últimos anos, níveis de chuva muito abaixo do normal.

Os pesquisadores também solicitarão a patente internacional sobre a descoberta desse gene junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).
Pesquisadores brasileiros podem ter encontrado a solução para os danos causados pela estiagem na lavoura e no sertão.



Arabidopis thaliana: espécie usada como modelo vegetal
Grupo de pesquisadores da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), registrou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a descoberta do gene CAHB12, encontrado no café.

O gene em questão foi descoberto durante um trabalho de sequenciamento do genoma do café. Os cientistas descobriram cerca de trinta mil genes para a planta, sendo que alguns deles apresentavam características que permitiam a tolerância ao estresse hídrico.

Ao analisar melhor os genes envolvidos com a tolerância ao estresse hídrico, os pesquisadores descobriram que o gene CAHB12 apresentava aumento de sua expressão quando a planta era submetida a uma condição de seca. Para confirmarem a relação do gene à capacidade de sobrevivência da planta ao estresse hídrico, eles isolaram esse gene do café e introduziram na Arabidopsis thaliana, uma espécie de planta que serve de modelo para estudos que envolvam o Reino Vegetal.

Os resultados observados pelo grupo foram excelentes: as Arabidopsis thaliana modificadas geneticamente tornaram-se muito mais resistentes à ausência de água, sobrevivendo aproximadamente 40 dias sem água, enquanto que a planta normal sobrevive apenas 15 dias.

Segundo Eduardo Romano, um dos pesquisadores envolvidos no trabalho, o gene pode ser benéfico em vários sentidos, pois, além de combater os efeitos da seca, a tecnologia pode ser usada como forma de evitar o uso excessivo de água.


Cafezal: plantas que naturalmente apresentam o gene que aumenta a sobrevivência em condições de seca
Os pesquisadores precisam agora repetir esses testes em culturas de plantas comerciais, como o trigo, a cana, o arroz, o algodão e a soja. Se eles observarem os mesmos resultados obtidos junto à planta teste, eles precisarão realizar, posteriormente, vários testes relacionados à biossegurança alimentar e ambiental das plantas geneticamente modificadas. Segundo Romano, se tudo der certo e os resultados confirmarem o esperado, a tecnologia pode chegar ao mercado em cerca de cinco anos.

Eles também trabalharão para o desenvolvimento de técnicas que permitam tornar essa tecnologia barata, permitindo seu uso por pequenos agricultores da região Nordeste, que vem enfrentando, nos últimos anos, níveis de chuva muito abaixo do normal.

Os pesquisadores também solicitarão a patente internacional sobre a descoberta desse gene junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).

Novidades relacionadas com a síndrome de Down



No século XIX, o médico inglês John Langdon Down descreveu uma síndrome que ficou conhecida com o seu nome. Embora ele tenha descrito os portadores da síndrome com bastante preconceito, foi ele quem a identificou e também quem propôs um “treinamento” para capacitar os pacientes. Quase um século depois, Jérôme Lejeune descobriu que essa síndrome era causada por motivos genéticos e que nas pessoas que a continham há um cromossomo a mais (ou pelo menos parte dele), de número 21. Essa pequena diferença na genética do indivíduo causa algumas modificações físicas e também cognitivas que são características do portador da síndrome.

As pessoas que possuem a síndrome de Down apresentam dificuldades de aprendizagem e de memorização. Por isso, ao longo da história, as crianças foram tratadas com preconceito, chamadas por nomes pejorativos e isoladas, sendo tratadas em instituições. Hoje em dia, defende-se que não há necessidade de excluir os portadores dessa síndrome; ao contrário, é bom tanto para eles, quanto para as outras crianças, que estejam todos juntos. A diversidade está presente na vida e, portanto, deve estar presente na sala de aula. Não é correto ter preconceitos, nem tratar com desrespeito uma pessoa com síndrome de Down ou qualquer outra necessidade especial, seja mental ou física.

A luta pela inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais é intensa; assim como são intensas as pesquisas científicas relacionadas com tais necessidades, sob temas diversos: o estudo genético, o estudo cerebral, a reabilitação, a inclusão social, as características físicas, os problemas psicológicos, o apoio a família etc. Geralmente, tais pesquisas são feitas em instituições universitárias ou em hospitais, sendo realizadas por equipes multidisciplinares, ou seja, por profissionais de diversas áreas do conhecimento.

Recentemente, foram noticiados os resultados de uma pesquisa que trouxe uma esperança tanto para os portadores, quanto para os parentes e amigos das pessoas que possuem síndrome de Down. Os cientistas, que trabalham no Instituto de Investigação Médica de Sanford-Burnham, descobriram que o cromossomo a mais que os portadores da síndrome de Down possuem é o responsável por diminuir a quantidade de uma proteína chamada sorting nexin 27 (cujo sigla é SNX27) no cérebro; isso faz com que se altere a capacidade de aprender e a memória do indivíduo.

O cromossomo 21 é o responsável por sintetizar uma molécula chamada microRNA miR-155, que inibe a produção da proteína SNX27. Assim, o portador da síndrome, como tem um cromossomo a mais, produz em maior quantidade a molécula que inibe a síntese da proteína. Essa proteína é muito importante, pois está relacionada com a aprendizagem e a capacidade de reter informações, ou seja, com a memória. Dessa forma, quanto menos proteína for sintetizada, menor será a capacidade de aprender da pessoa.

O surpreendente da pesquisa é que os cientistas fizeram testes em ratos que tinham as mesmas características que uma pessoa com a síndrome de Down. Eles injetaram a proteína SNX27 humana em seu cérebro e obtiveram resultados fantásticos: a função cognitiva – relacionada com a memória e o aprendizado - melhorou muito e na mesma hora. Esse tipo de tratamento ainda não foi feito em seres humanos. É preciso fazer várias outras pesquisas antes disso, pois é necessário avaliar a segurança do procedimento. No momento, os cientistas investigam se alguma molécula é capaz de aumentar a produção da proteína SNX27 no cérebro dos seres humanos. Assim, quem sabe no futuro exista uma maneira de se melhorar a capacidade de aprendizagem das pessoas que possuem a síndrome de Down. Esperamos que tudo dê certo!   
No século XIX, o médico inglês John Langdon Down descreveu uma síndrome que ficou conhecida com o seu nome. Embora ele tenha descrito os portadores da síndrome com bastante preconceito, foi ele quem a identificou e também quem propôs um “treinamento” para capacitar os pacientes. Quase um século depois, Jérôme Lejeune descobriu que essa síndrome era causada por motivos genéticos e que nas pessoas que a continham há um cromossomo a mais (ou pelo menos parte dele), de número 21. Essa pequena diferença na genética do indivíduo causa algumas modificações físicas e também cognitivas que são características do portador da síndrome.


John Langdon Down identificou a síndrome no século XIX
As pessoas que possuem a síndrome de Down apresentam dificuldades de aprendizagem e de memorização. Por isso, ao longo da história, as crianças foram tratadas com preconceito, chamadas por nomes pejorativos e isoladas, sendo tratadas em instituições. Hoje em dia, defende-se que não há necessidade de excluir os portadores dessa síndrome; ao contrário, é bom tanto para eles, quanto para as outras crianças, que estejam todos juntos. A diversidade está presente na vida e, portanto, deve estar presente na sala de aula. Não é correto ter preconceitos, nem tratar com desrespeito uma pessoa com síndrome de Down ou qualquer outra necessidade especial, seja mental ou física.

A luta pela inclusão dos portadores de necessidades educacionais especiais é intensa; assim como são intensas as pesquisas científicas relacionadas com tais necessidades, sob temas diversos: o estudo genético, o estudo cerebral, a reabilitação, a inclusão social, as características físicas, os problemas psicológicos, o apoio a família etc. Geralmente, tais pesquisas são feitas em instituições universitárias ou em hospitais, sendo realizadas por equipes multidisciplinares, ou seja, por profissionais de diversas áreas do conhecimento.


A síndrome de Down é muito comum e afeta 1 em cada 770 crianças
Recentemente, foram noticiados os resultados de uma pesquisa que trouxe uma esperança tanto para os portadores, quanto para os parentes e amigos das pessoas que possuem síndrome de Down. Os cientistas, que trabalham no Instituto de Investigação Médica de Sanford-Burnham, descobriram que o cromossomo a mais que os portadores da síndrome de Down possuem é o responsável por diminuir a quantidade de uma proteína chamada sorting nexin 27 (cujo sigla é SNX27) no cérebro; isso faz com que se altere a capacidade de aprender e a memória do indivíduo.

O cromossomo 21 é o responsável por sintetizar uma molécula chamada microRNA miR-155, que inibe a produção da proteína SNX27. Assim, o portador da síndrome, como tem um cromossomo a mais, produz em maior quantidade a molécula que inibe a síntese da proteína. Essa proteína é muito importante, pois está relacionada com a aprendizagem e a capacidade de reter informações, ou seja, com a memória. Dessa forma, quanto menos proteína for sintetizada, menor será a capacidade de aprender da pessoa.


Os ratos que possuem síndrome de Down têm uma quantidade menor da proteína SNX27 no cérebro. A figura do lado esquerdo mostra um fragmento do cérebro de um rato sem a síndrome (há mais pontinhos pretos), enquanto que a do lado direito mostra a do rato com a síndrome
O surpreendente da pesquisa é que os cientistas fizeram testes em ratos que tinham as mesmas características que uma pessoa com a síndrome de Down. Eles injetaram a proteína SNX27 humana em seu cérebro e obtiveram resultados fantásticos: a função cognitiva – relacionada com a memória e o aprendizado - melhorou muito e na mesma hora. Esse tipo de tratamento ainda não foi feito em seres humanos. É preciso fazer várias outras pesquisas antes disso, pois é necessário avaliar a segurança do procedimento. No momento, os cientistas investigam se alguma molécula é capaz de aumentar a produção da proteína SNX27 no cérebro dos seres humanos. Assim, quem sabe no futuro exista uma maneira de se melhorar a capacidade de aprendizagem das pessoas que possuem a síndrome de Down. Esperamos que tudo dê certo!  

sexta-feira, 19 de abril de 2013


Aluna Alda Narciso do EJA (Educação de Jovens e Adultos) Recebe Titulo de Cidadã Monteirense


 A Camara Municipal de Monteiro através do Decreto legislativo nº 275/2013 e confirmado pelo Oficio 073/GP/CMM concede o titulo de cidadã monteirense a Alda Narciso de Oliveira, ela é natural de Campina Grande - PB, mas reside aqui desde o ano de 1990 quando contraiu casamento com o monteirense Luiz Alexandre de Lima. O autor da propositura foi o Ver. Idevaldo Campos Beliz (Lito de Dona Socorro), o qual foi aprovado por unanimidade. A cerimônia de entrega do titulo será dia 08 de maio de 2013 na Câmara Municipal de Monteiro. Alda Narciso junto com seu esposo Luiz Alexandre (Luizinho) tem realizado um ministério de musica e evangelização na cidade de Monteiro - PB. Confira mais algumas fotos da irmã Alda abaixo:

 Alda e seu esposo Luizinho
 
Cantora Alda Narciso

Escola Adalice Remígio Gomes comemora Semana do Solo com Cordéis dos Alunos


Nossa escola está trabalhando com datas comemorativas, dentre estas a semana do solo, temos visto a estiagem grande devido a devastação do solo, preocupados com isto alunos do 8º ano com sua professora de LP Nildinha, realizaram cordéis falando sobre o referido tema, veja um dos cordéis recitado na Rádio Escola, na manhã de quinta feira dia 18/04/2013:

Tema: O Solo

Autor: Emanuel Carlos (8º Ano)

Profª Orientadora: Josenilda Cavalcante

Disciplina: Língua Portuguesa

Um dos dias bem melhores
É hoje comemorado
É a semana do solo
Pra você ficar ligado
Preste muita atenção
Em todo esse recado

O solo é nossa vida
E temos que preservar
Nunca pense em destruir
Só pense em cuidar
Ele nos ajuda em tudo
E não pode se acabar

Veja agora atitudes
Que devemos é seguir
Olhe bem para o solo
E comece a agir
Não prejudica ninguém
Só ajuda a progredir

O solo serve pra tudo
Até para plantação
Mas que nos tempos de hoje
Pratica devastação
Mas se não acontecesse
Era nossa salvação

O solo que é ruim
Não serve mesmo pra nada
Porque se não corrigir
Sua atitude é errada
Agindo corretamente
Pra não ficar devastada

Agora pra acabar
De tudo que estou falando
É a semana do solo
Vá logo se preparando
Esse ser é nosso bem
Mas está se acabando




terça-feira, 16 de abril de 2013


Campeão da violência

O Brasil é o país campeão em taxa de homicídios
O Brasil é o país onde ocorrem mais homicídios por ano. Verifique as capitais mais perigosas para se viver e entenda o mapa da violência no país.

Pesquisas desenvolvidas em 2012 pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em conjunto com a Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), apontam que o Brasil é o país com o maior índice de assassinatos do mundo, com números que superam até mesmo mortes de soldados e civis em guerras.
De acordo com os estudos, mais da metade dos brasileiros (62%) declararam ter “muito medo” de serem assassinados. Em 2010, foram contabilizadas 52.260 vítimas de homicídio; sendo que 70% delas foram mortas por armas de fogo.
Neste triste cenário, alguns fatores foram destacados pelas pesquisas: dentre os assassinados, é grande o número de crianças, adolescentes, mulheres e negros; os homicídios não se concentram mais, como era até a década de 1990, em grandes metrópoles, mas espalham-se pelo país como um todo; existe, no Brasil, uma forte cultura da violência, cuja consequência mais grave é o extermínio do outro em uma situação de conflito. Ao lado disso, a impunidade é um grande estimulador de crimes de homicídio – no país, menos de 5% dos homicidas são legalmente punidos (em países desenvolvidos, tais taxas giram em torno de 60%).
As desigualdades sociais, sem dúvida nenhuma, são as maiores causas de qualquer chaga social, como essa que tratamos aqui. No entanto, existem fatores, mais imediatos, que acabam incentivando a escalada de crimes de assassinato.
Um deles, como dissemos, é a própria impunidade, chegando a um limite insustentável - por exemplo, na capital brasileira mais violenta de todas, Maceió, no Alagoas. Em Maceió, o efetivo policial é extremamente defasado, o IML (Instituto Médico Legal) funciona de improviso em galpões e há falta de vagas em quase todos os presídios. No estado de Alagoas, nos anos de 2005 a 2008, apenas 7,5% dos homicídios chegaram a ser apurados. Presos do regime semiaberto (que trabalham fora, mas voltam para dormir nos presídios) são “dispensados” para dormir em suas próprias casas, pois não existem cadeias para esse regime, e adolescentes que matam são liberados por falta de vagas no sistema socioeducativo (o que, aliás, é lei federal).
Em Maceió, existem áreas “proibidas”, onde nem mesmo os taxistas se arriscam a entrar. Até o ano de 2000, a capital alagoana não era a mais violenta do país, mas, nos últimos dez anos, as taxas de homicídios galoparam (110,1 mortes por cada 100 mil habitantes), se tornando quatro vezes maior que a taxa nacional (27,4 mortes para cada 100 mil habitantes).
Dada a gravidade da situação, o estado do Alagoas pediu ajuda para o governo federal, cujo plano de auxílio mais ostensivo tem sido a ocupação de favelas pela Força Nacional, o que tem inibido a ação de criminosos, ao menos nas áreas ocupadas. Contudo, ainda de acordo com as pesquisas, outras formas de ações sociais, que somente poderiam ser efetuadas pelo Estado, não estão sendo feitas, além do fato de que os ciclos de morte podem voltar quando as tropas federais deixarem a cidade – medo relatado pelos próprios moradores das favelas.
Se Maceió é a capital onde mais se mata no Brasil, Natal, no Rio Grande do Norte, é a cidade onde a violência homicida contra crianças e adolescentes mais cresce. Entre 2000 e 2010, o índice de assassinato de crianças e jovens em Natal, subiu de 2,9 para 30,5 por 100 mil jovens (até 19 anos), um aumento de quase 1000%.

Com a impunidade, passa a existir a possibilidade de criação de mecanismos funestos de eliminação dos jovens que cometem crimes
Tráfico de drogas e grupos de extermínio
Boa parte das mortes, não somente em Maceió e Natal, mas também em outras capitais analisadas, tem envolvimento com o tráfico de drogas e com grupos de extermínio. De acordo com o juiz da Infância e da Juventude Homero Lechner, “quando o Estado não pune, a sociedade faz justiça com as próprias mãos, existindo a possibilidade de criação de mecanismos de eliminação desses jovens”, diz, se referindo aos grupos de extermínio. Como Maceió, Natal também libera seus jovens infratores por falta de vagas no sistema socioeducativo.
Abaixo, o triste “ranking da violência”, com dados levantados pelas pesquisas:

Homicídios por 100 mil habitantes, em 2010
1º Maceió (AL)
110,1
2º João Pessoa (PB)
80,2
3º Vitória (ES)
70,5
4º Salvador (BA)
69,0
5º Recife (PE)
58,2
6º São Luís (MA)
56,1
7º Curitiba (PR)
55,9
8º Belém (PA)
54,9
9º Fortaleza (CE)
51,7
10º Porto Velho (RO)
49,9
11º Macapá (AP)
48,7
12º Manaus (AM)
46,8
13º Aracaju (SE)
42,0
14º Natal (RN)
40,6
15º Cuiabá (MT)
40,3
16º Goiânia (GO)
39,9
17º Porto Alegre (RS)
36,8
18º Belo Horizonte (MG)
35,5
19º Brasília (DF)
34,3
20º Teresina (PI)
30,7
21º Rio Branco (AC)
28,9
22º Boa Vista (RR)
28,5
23º Rio de Janeiro (RJ)
27,9
24º Florianópolis (SC)
23,0
25º Palmas (TO)
22,8
26º Campo Grande (MS)
21,7
27º São Paulo (SP)
13,6


A cidade chinesa que não deixa ninguém dormir

Moradores da cidade-estado de Hong Kong, China, reclamam que a luz das placas de neon tem afetado suas noites de sono.

Vista de Hong Kong à noite
Estudo recente descobriu que Hong Kong, uma cidade-estado da República Popular da China, é uma das maiores causadoras de poluição luminosa no mundo. Em partes de seu território, houve registro de iluminação 1.200 vezes mais brilhante do que o céu de uma noite normal. Pesquisadores dizem que essa poluição luminosa pode afetar a saúde.

A imagem ao lado mostra a cidade às 11 horas da noite – usar óculos de sol nem seria tão estranho assim. Há luzes para todos os lados. Mesmo fechadas, as lojas mantêm suas placas de neon acesas – há algumas que têm duas ou três placas acesas.

Hong Kong e suas placas de neon já acesas ao pôr do sol
Como dissemos, pesquisadores acreditam que essas placas de neon estão contribuindo para o que chamamos de “poluição luminosa”. Trata-se de um tipo de poluição que não permite que nenhuma estrela seja visualizada no céu noturno da cidade, já que é preciso que haja certa escuridão para que a luz das estrelas seja percebida. Na verdade, o céu de Hong Kong se tornou uma grande sombra cinza devido à quantidade de luz.

Essa situação tem afetado a vida dos moradores da cidade porque, acima de todas essas placas de neon do comércio, há apartamentos residenciais. Então, as luzes refletem nas janelas e adentram as casas das pessoas.

Uma moradora da região disse que, às vezes, as luzes ficam tão brilhantes que fica difícil pegar no sono. Por conta desse problema, os pesquisadores estão solicitando aos comerciantes que diminuam as luzes e desliguem-nas no começo da noite. Entretanto, essa parece uma difícil tarefa.
Hong Kong é um lugar em que o comércio pode oferecer os mesmos serviços ou vender os mesmos produtos em vários estabelecimentos vizinhos – ou seja, a concorrência é grande! Então, a única maneira que os donos de negócios encontraram para se diferenciar dos concorrentes é usar essas placas – quanto mais luminosas, mais chamam a atenção dos clientes.
Honk Kong passou a ser conhecida como a cidade que nunca dorme – não pelo movimento de pessoas, mas porque o comércio da cidade não permite que o céu escureça.