segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Secretario Escolar Apresenta Trabalho de Metodologia Científica sobre Pinto de Monteiro e Recebe nota 9,2 na UEPB



UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CCHE – CAMPUS VI – POETA PINTO DE MONTEIRO
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA



Veronilton Paz da Silva



A utilização da poesia de pinto de monteiro como recurso para aulas de língua portuguesa no ensino fundamental















Monteiro, nov. 2011.


Veronilton Paz da Silva




A Utilização da Poesia de Pinto de Monteiro como Recursos Para aulas de Língua Portuguesa no ensino fundamental











Orientador: Prof° Francisco Victor Macedo





Monteiro, nov. 2011.


INDICE
1. Problematização
Como utilizar a poesia de Pinto nas aulas de Língua Portuguesa uma vez que tinha pouca escolaridade

Justificativa da escolha da obra de Pinto
2. Revisão de literatura
2.1 Dados sobre a obra e o retrato que faz sobre Pinto de Monteiro
2.2 O valor da obra de Pinto e a riqueza das poesias de Pinto relacionadas à gramática
3. Objetivos
4. Metodologia
5. Desenvolvimento
6. Considerações
7. Cronograma
8. Referencias















1. Problematização

Como utilizar a poesia de pinto nas aulas de língua portuguesa e literatura, uma vez que o mesmo tem pouca escolaridade?

Toda a nossa cultura, fazendo parte desta a poesia de Pinto pode ser explorada nas aulas de português e literatura. Pinto não chegou a estudar muito, apenas a primeira série, mas podemos descrever o saber dele como disse Travaglia (2009), de acordo com a gramática internalizada que não possui livros, escolarização ou ensino sistemático. O conhecimento gramatical depende de fatores sociais e acúmulo de maturidade, não há o erro, mas a inadequação da linguagem, todos nós temos esta gramática ativa desde o nascimento. Sendo assim, nos poemas de Pinto, observamos aplicações gramaticais que podem ser bem usadas na sala de aula.

1.2 Justificativa da escolha da obra de Pinto

A escolha desta obra deve-se a valorosa contribuição da mesma para o resgate da cultura nordestina. Ao trazermos a tona este, que é um monstro inesquecível da poesia, também podendo ser utilizado em aulas de língua portuguesa , visto que podemos enxergar princípios gramaticais presentes, úteis para o docente utilizar de forma criativa como os seus alunos.

2. Embasamento teórico

2.1 Dados relevantes sobre a obra e o retrato que faz sobre Pinto de Monteiro

Nesta pesquisa analisaremos a obra de Irani Medeiros, Pinto do Monteiro: O Bardo do Cariri (2007). Nesta obra o autor retrata Pinto como um autodidata, conseguindo conhecimentos de Português, História, Bíblia, Geografia, etc. Dava respostas precisas quando era perguntado como nestes expostos abaixo no Desafio com Milanês em Recife (M – Milanês, P – Pinto):
M – Pinto, você me responda
De pensamento profundo
Sem titubear na fala
Num minuto e num segundo
Se leu me diga qual foi
A primeira invenção do mundo.

P – Respondo porque conheço.
Vou dar-lhe minha notícia
Foi o quadrante solar
Pelo povo da fenícia
Os babilônios também
Gozaram a mesma delícia.

M – Como você respondeu-me
Não merece Disciplina
Hoje aqui não há padrinho
Que revogue a sua sina
Se você souber me diga
Quem inventou a vacina.

P- Não pense que com pergunta
Enrasca a mim milanês
Foi a vacina inventada
No ano 96
Quem estudar bem conhece
Que foi Jener escocês.

(Monteiro, P. do. Poesias variadas. Apud MEDEIROS, Irani, 2007, p.98)

2.2 O valor da obra e a riqueza gramatical nas poesias de Pinto relacionado à gramática.

Neste trabalho estaremos focando nossa atenção para as locuções verbais presentes nos versos do grande Poeta Pinto, uma das marcas da oralidade nas poesias de Pinto é a presença abundante de locuções verbais nos seus poemas, recortamos algumas poesias do Pinto para trabalharmos com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental sobre o tema gramatical citado, entendemos que seria importante trazer o conceito sobre o assunto de locução verbal exposto em Bechara (2007) explanando que a locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar com um principal, pode aparecer preposição entre eles e somente o auxiliar recebe as flexões, como irei viajar, estavam por sair.
Locuções verbais presentes nos poemas de pinto:
Eu só vim a este mundo,
Pensando que era lindo
Se soubesse que não era,
Talvez, não tivesse vindo!
Como vim, vou demorar
Pra saber como é que findo.

Quando os velhos morrerem
Os que ficam cantam bem
Duda passou por marinho
Por mim não passa ninguém
Eu vou ficar pra semente
Pra século sem fim amém.

Este cabra engoliu um peba vivo
Com orelha, cabeça, casco e rabo
Ou mandado por Deus ou pelo diabo
Este peba tornou-se mais ativo
Começou a fuçar, eis o motivo
Que o sujeito não conseguiu mais dormir
Começou a fungar e a tossir
Era o peba procurando um buraco pra sair.

Lá no meio da caatinga
Sem moradia vizinha
Á direita de um riacho
Um pé de palmeira tinha
Meu avô neste lugar
Começou a trabalhar
E chamar Carnaubinha.

Posso ir a qualquer hora
Quando o tirar do engano
Vou pegar sua bandeira
Quebro o mastro, rasgo o pano
Pra lhe mostrar quem sou
Me transformo num tirano.

Eu admiro o tatu
Com desenho no espinhaço
Que a natureza fez
Sem ter régua nem compasso
E eu com compasso e régua
Tenho planejado e não faço.

Quem nos fez este pedido
Devia aprender a ler
Antes de Cristo nascer
Adão já tinha morrido
Vou fazer mais é perdido
Vai servir de mangação
Já no fim da profissão
Vi o que nunca foi visto
No topo da cruz de Cristo
Vi a caveira de Adão.

Se for com calma eu aceito
Com desaforo eu respondo
Porque minha natureza
É como a de um maribondo
Posso morrer machucado


Mas o ferrão não escondo.

Eu estou diminuindo
Já subi e vou descendo
Os desmantelos da vida
De hora em hora estou vendo
E a velha do chapéu
Atrás de mim, vem correndo.

A cascavel se confia
No veneno que conduz
Quem por ela for picado
Pode rezar pra Jesus
Encomendar quatro coisas
Caixão, cova, vela e cruz.

Mulher, animal cruel
Que quando ri para a gente
Fica mostrando somente
As presas da cascavel
Esse animal infiel
Sorriu para mim um dia
Traindo minha simpatia.

Um homem da minha idade
Não presta para ser guia
Hoje cantando com quem
Vive a fazer pontaria
Que acerta o alvo do erro
Mas erra o da poesia.

(MONTEIRO, P. do. Poesias variadas. Apud MEDEIROS, Irani, 2007, PP.19, 31, 62, 64,65, 70, 74, 77, 82, 85.)

3. Objetivos

3.1 Objetivo Geral

3.1.1 Que a cultura nordestina e particularmente a poesia seja mais utilizada nas aulas de Língua Portuguesa, valorizando assim o artista,sem desprezar a gramática.

3.2 Objetivos específicos

3.2.1 Transmitir o assunto gramatical de locução verbal de maneira criativa.

3.2.2 Levar os alunos a criar poemas que tenham locução verbal.


4. Metodologia

Nossa pesquisa será bibliográfica com poesias de Pinto de Monteiro, retiradas do livro de Irani Medeiros, Pinto do Monteiro: O bardo do Cariri, 2007 dando ênfase ao assunto de locuções verbais.

5. Desenvolvimento

Trabalharemos segundo um plano de aula, onde eu lerei para eles poesias de pinto, depois eles declamarão poesias do mesmo autor, entregue a eles por mim, depois falaremos sobre locução verbal e distribuiremos poemas para que os mesmos identifiquem o assunto, no final faremos um exercício oral para verificar a aprendizagem. Neste trabalho será utilizada uma aula de 45 minutos ; onde faremos a parte de reconhecimento da poesia, depois utilizaremos a gramática e logo após colocaremos os alunos para colocar a mão na massa, lendo poemas de Pinto com locuções verbais e depois, tentarão fazer poemas tomando como modelo os do poeta citado tendo estes também o assunto gramatical exposto.

6. Considerações

O poeta local deveria ser melhor valorizado nas aulas de Língua Portuguesa, e nós temos um gênio da poesia, que como verificamos aqui , seus poemas não são apenas úteis em desafios, congressos e cantorias para vencer seus concorrentes, mas nos servem muito bem no ensino gramatical. “O poeta é aquele que tira de onde não tem e bota onde não cabe”. (Pinto de monteiro)

7. Cronograma

7.1 Definição do tema

7.2 Revisão de literatura

7.3 Elaboração

7.4 Considerações

8. Referências bibliográficas:

MEDEIROS, Irani. Pinto de Monteiro: O Bardo do Cariri. 3ed. Ampliada. Campina Grande.EDUEP:2007.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática da Língua Portuguesa. 3ed. Editora Livre. Rio de Janeiro: 2009.
TRAVAGLIA, Luis Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 13ed. São Paulo: Cortez, 2009.

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