A produção de carne, principalmente a bovina, é um processo que
demanda muitos recursos, como a necessidade de grandes áreas de
pastagens. Além disso, a pecuária apresenta produtividade muito baixa
se compararmos a quantidade de nutrientes que são consumidos pelo gado
com a quantidade que é revertida em carne para nosso consumo. Existem
pesquisas que mostram que apenas 15% do que os animais consomem é
transformado em carne.
Na tentativa de descobrir uma forma de produção de carne que não
cause tanto impacto ambiental e reduza o sofrimento dos animais, um
grupo de pesquisadores da Universidade de Maastricht (Holanda),
comandados por Mark Post, desenvolveu uma carne artificial a partir de
células-tronco.
Esse
projeto, que é financiado pelo governo holandês e por uma doação
anônima, não é o primeiro nessa área. Outros grupos de cientistas vêm
trabalhando nesse sentido ao redor do mundo; porém, os holandeses estão
bem à frente nas pesquisas, as quais podem culminar na produção de
hambúrguer de laboratório ainda esse ano!
As células-tronco utilizadas durante o projeto são provenientes de tecido muscular de
bovinos. A cultura desse tecido é feita a partir de cerca de duas mil
fibras musculares, que são produzidas e alimentadas com proteínas vegetais e nutrientes semelhantes aos encontrados na dieta do gado.
A
partir desses resultados, o desafio agora é tornar essa carne
artificial tão atrativa às pessoas quanto a carne normal, uma vez que as
fibras cultivadas em laboratório não apresentam a coloração típica da
carne, pois não há presença de sangue.
Além de as fibras serem esbranquiçadas, elas também não possuem a mesma
textura e consistência da carne comum, pois a carne artificial,
diferentemente dos animais que estão no campo, não passa por exercícios
físicos, apresentando-se mais mole.
Uma saída para tornar a carne sintética tão apetitosa quanto a natural é a adição, durante o cultivo das fibras, de corantes e
outros aditivos, assim como a estimulação elétrica das células para que
o tecido se torne mais “tenso”, dando uma melhor consistência. Depois
que todas essas pendências forem resolvidas, o passo seguinte e mais
complicado a ser tomado é tornar essa tecnologia acessível à comercialização, uma vez que a técnica usada para a produção desse tipo de carne apresenta custo muito elevado.
Se os pesquisadores realmente conseguirem colocar essa carne no
mercado, o Brasil pode passar por uma grande crise, uma vez que nosso
país é o maior exportador mundial de carne. Será que a carne artificial
terá boa aceitação no mercado? Será que os vegetarianos farão uso desse
tipo de alimento? Faça uma pesquisa de marketing com os seus colegas de
classe.
Fonte|: http://www.clickideia.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=31376
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